domingo, 16 de novembro de 2014

Independência da América Espanhola: teste seus conhecimentos sobre o assunto!

Neste blog vimos bastante sobre a Independência da América Espanhola, e agora é sua vez de testar seus conhecimentos com o que foi aprendido !!

1. (UFSCar-SP) A independência das colônias espanholas da América deveu-se a diversos fatores. Assinale a opção na qual todos os fatores relacionados contribuíram para essa independência.
a) Política mercantilista da Espanha; influência da independência brasileira; interesse dos Estados Unidos no comércio das colônias espanholas.
b) Monopólio comercial em benefício da metrópole; desigualdade de direitos entre os criollos, nascidos nas colônias, e os chapetones, nascidos na Espanha; enfraquecimento da Espanha pelas guerras napoleônicas.
c) influência das ideias políticas de Maquiavel; auxilio militar brasileiro à independência dos territórios vizinhos; exemplo da independência dos Estados Unidos.
d) Liberalismo político e econômico, adotado pelas cortes espanholas; enfraquecimento do governo espanhol por causa da intervenção militar francesa; política do Congresso de Viena favorável à independência das colônias.
e) Interesse econômico da Inglaterra na independência das colônias; política de suspensão das restrições de importações, seguida pelo governo de José Bonaparte; aliança entre chapetones, colonos nascidos na Espanha, e criollos, nascidos nas colônias para promover a independência.

2. Apesar de utilizarem um discurso de libertação dos povos americanos da dominação espanhola, indicando que haveria liberdade e melhoria nas condições sociais, os líderes das independências das colônias hispano-americanas tinham, na verdade, interesses na manutenção de uma estrutura de poder político e econômico que beneficiava apenas as elites coloniais. Qual das alternativas abaixo indica corretamente o nome pelo qual ficaram conhecidas estas elites?
  1. Chapetones.
  2. Burgueses.
  3. Aristocratas.
  4. Criollos.
  5. Latifundiários

3. As causas que levaram as colônias espanholas na América a se tornarem independentes são consequências dos interesses de vários personagens, principalmente no que se refere ao controle dos processos econômicos e das influências regionais. Frente a isso, relacione os personagens, indicados pelas letras, com seus respectivos interesses nas independências das colônias, que estão abaixo, indicados por números.
  1. Inglaterra                                                
  2. EUA
  3. Criollos
  1. A ruptura com a metrópole garantiria a liberdade nas transações mercantis, principalmente com os países industrializados;
  2. A independência das colônias eliminaria as barreiras monopolistas ao comércio, ampliando assim os mercados para a compra de suas mercadorias;
  3. Apoiou as lutas de independência como forma de conter a influência europeia no continente americano.
A alternativa que expressa corretamente as relações é:
  1. a-2; b-3; c-1.
  2. a-3; b-2; c-1.
  3. a-1; b-3; c-2.
  4. a-2; b-1; c-3.
  5. a-3; b-1; c-2.

Caudilhismo

Os movimentos de emancipação da América espanhola mobilizaram diversos setores da sociedade, criollos, camponeses,  militares, indígenas, mestiços. Os benefícios da independência, porém, não foram distribuídos de forma equitativa entre eles. Os grandes privilegiados foram os criollos,  que ocuparam o lugar dos peninsulares como o grupo politicamente dominante. A reforma agrária que se encontrava nas propostas de muitos revolucionários, mal saiu do papel. 
Quanto às camadas mais pobres da população a situação não melhorou. Socialmente marginalizados, esses grupos passaram à servir de massa de manobra para um novo tipo de político surgido no continente: o caudilho. 
O termo caudilho designa os líderes políticos e chefes militares pertencentes ao grupo dos criollos que, após a Independência de seus países, tornaram-se senhores de exército particulares e, ao assumirem o governo de suas nações ou regiões, exerceram o poder de forma personalista, autoritária e em benefício próprio. 

Anos da Independência dos Principais países da América Espanhola


  Peru: 1821 
México: 1821 
   Argentina: 1816
  Paraguai: 1813
   Uruguai: 1815
 Venezuela: 1811
 Bolívia: 1825
 Colômbia: 1811
 Equador: 1811
 Chile: 1818

As Rebeliões


As desigualdades sociais e a espoliação imposta pela Espanha fizeram com que a América Espanhola fosse palco de revoltas em diversos momentos. 

No vice-reino do Peru, por exemplo, em 1742 o líder indígena Juan Santos Atahualpa (1710-1756), mobilizou indígenas e Mestiços em uma luta que se estendeu por quatorze anos com objetivo de restaurar o império Inca. 


Juan Santos Atahualpa

Em 1780, outro líder indígena, José Gabriel Condorcanqui (1738-1781), adotou o nome do último chefe Inca - Tupac Amaru, morto por espanhóis em 1572 - e comandou uma das maiores rebeliões indígenas da América Latina, ao mobilizar cerca de 60 mil pessoas contra o domínio espanhol no vice-reino do Peru. Sufocado em 1781, Tupac Amaru foi amarrado a quatro cavamos e despedaçado em público.

José Gabriel Condorcanqui
(Tupac Amaru II)

Em 1806, eclodiu na capitania-geral da Venezuela nova rebelião contra o domínio espanhol. Liderada pelo criollo Francisco Miranda (1750-1816), foi rapidamente sufocada pelas forças leais da Espanha. 

Francisco Miranda

A partir de 1807, os movimentos de emancipação assumiram proporções capazes de pôr em perigo o domínio espanhol. Napoleão Bonaparte,  com o bloqueio continental, proibiu os países europeus a comercializarem com a Inglaterra, sob ameaça de atacar os países onde as ordens não fossem cumpridas. 
Napoleão, indo invadir Portugal, passou pela Espanha desencadeando batalhas. O rei da Espanha, Fernando VI, foi preso e perdeu o trono por ordem de Napoleão e em seu lugar, foi colocado o irmão de Napoleão, José Bonaparte. O povo espanhol não obedecia ao rei francês, e as colônias também se recusaram a fazê-lo.
Foi aí que as colónias viram uma grande oportunidade para começar a lutar pela sua independência: com a Espanha tentando expulsar as tropas de Napoleão, não teria muito controle sobre as rebeliões noutro continente.

As lutas pela Independência da América Espanhola


Diante da exploração e injustiças adotas pela Espanha na América, a partir do século XVIII começa a brotar um movimento de resistência nas colônias, liderado pelos criollos. Estes eram filhos de espanhóis nascidos na América. Além dos laços culturais que tinham com o continente americano, viam na independência uma forma de obtenção de poder político. Muitos destes criollos eram comerciantes e, através da independência poderiam obter liberdade para seus negócios, aumentando assim seus lucros. Vale lembrar também que muitos criollos estudaram na Europa, onde tomaram contato com os ideais de liberdade propagados pelos iluministas.

 No século XVIII, várias revoltas emancipacionistas ocorreram em diversas colônias americanas, lideradas em sua maioria pelos criollos. Porém, todas elas foram reprimidas com força e violência pela Espanha.

Sociedade da América Espanhola

Na sociedade colonial espanhola, a divisão social apresentava rígidas camadas, e a mobilidade era praticamente inexistente. Eram elas:

Chapetones: Brancos nascidos na Espanha e que ocupavam altos cargos civis e eclesiásticos;

Criollos: Filho de espanhóis nascidos na América. Eram grandes proprietários de terras e minas, comerciantes,  grandes pecuariscas e profissionais liberais; 

Mestiços: Resultantes da miscigenação entre brancos e negros, e brancos e índios. Eram mascateste,  servidores domésticos e trabalhadores assalariados; 

 Índios e Negros (escravos): A camada inferior,  considerada apenas como força de trabalho. 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Principais Líderes


Simón Bolivar
Militar e político venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela, o título honorífico de Libertador.

José de San Martín
General argentino, foi decisivo nos processos de independência da Argentina, Chile e Peru.